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A Indústria do tabaco mentiu para os jovens

Publicidade da indústria do tabaco: enganando gerações

A indústria do tabaco sempre utilizou a publicidade para enganar, especialmente os jovens, associando o consumo de cigarros a conceitos como glamour, sucesso, liberdade e poder. Essas táticas mascaram os verdadeiros riscos do tabagismo, ao mesmo tempo que garantem novos consumidores.

Para as empresas do setor, os jovens representam os futuros consumidores, destinados a substituir aqueles que, devido a doenças ou morte, não podem mais fumar.

  • “Eles representam o negócio de cigarros amanhã. À medida que o grupo etário de 14 a 24 anos amadurece, ele se tornará a parte chave do volume total de cigarros, no mínimo pelos próximos 25 anos.” – J.W. Hind, R.J. Reynolds Tobacco, memorando interno, 23 de janeiro de 1975.
  • “Atingir o jovem pode ser mais eficiente mesmo que o custo para atingí-los seja maior, porque eles estão desejando experimentar, eles têm mais influência sobre os outros da sua idade do que terão mais tarde, e porque eles são muito mais leais à sua primeira marca.” – Declaração de um executivo da Philip Morris em 1957.

Impactos do tabagismo na saúde das mulheres

O tabagismo combinado ao uso de anticoncepcionais orais aumenta drasticamente os riscos à saúde das mulheres. O perigo de infarto do miocárdio, embolia pulmonar e tromboflebite entre jovens que fumam e utilizam esse método contraceptivo é dez vezes maior do que nas não fumantes.

Estima-se que o tabagismo seja responsável por 40% das mortes em mulheres com menos de 65 anos e por 10% dos óbitos por doença coronariana em mulheres acima dessa idade.

Além disso:

  • Mulheres fumantes que não utilizam métodos contraceptivos hormonais enfrentam uma redução na taxa de fertilidade de 75% para 57%, devido ao impacto da nicotina nos ovários.
  • Mulheres que fumam e usam anticoncepcionais orais têm 39% mais chances de desenvolver doenças coronarianas e um risco 22% maior de sofrer acidentes vasculares cerebrais.
  • Mulheres expostas ao fumo passivo, principalmente por cônjuges fumantes, têm um risco 30% maior de desenvolver câncer de pulmão comparado àquelas que vivem com não fumantes.

Tabagismo e gravidez

Fumar durante a gravidez representa um grave risco para a saúde da mãe e do bebê. Entre os problemas mais comuns estão:

  • Abortos espontâneos,
  • Nascimentos prematuros,
  • Baixo peso ao nascer,
  • Mortes fetais e neonatais,
  • Complicações com a placenta e
  • Hemorragias.

Esses efeitos estão ligados à ação do monóxido de carbono e da nicotina, que são absorvidos pelo organismo da gestante e afetam diretamente o feto.

Inclusive, um único cigarro fumado pela grávida pode, em questão de minutos, acelerar os batimentos cardíacos do feto, reflexo da ação da nicotina no sistema cardiovascular da criança.

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